Descrição retirada da própria postagem:
O mestre Akira Kurosawa conseguiu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e sucesso nas bilheterias. Nascia Dersu Uzala, obra baseada em livro autobiográfico (fatos reais) do explorador russo Vladimir Arseniev. O resultado é que as já famosas panorâmicas de Kurosawa evocaram ainda mais os temas do filme que não só se relacionaram com a amizade e a velhice como, também, com a integração com a natureza e com a invasão da chamada “civilização”. O resultado é extremamente contemplativo, sereno, capaz de nos fazer olhar para nós mesmos e indagar determinadas atitudes que temos.
Nesse contexto, o filme narra a tocante história do experiente caçador Goldi, que forma fortes laços de amizade com um capitão do exército russo que está nas inóspitas terras do leste da Rússia em 1902.
Em determinado momento, Dersu Uzala (Maksim Munzuk) leva o Capitão Vladimir Arseniev (Yuriy Solomin) para uma cabana perdida na floresta. Antes de partirem, Dersu faz questão de consertar o teto do local e de pedir mantimentos não perecíveis ao capitão para deixar por ali. Quando indagado do porquê, Dersu simplesmente diz que isso impediria que outros, que porventura usassem a cabana, morressem de fome. Um homem simples que não se preocupa só com quem conhece, mas também com pessoas que nunca viu e que, provavelmente, nunca verá. O mundo em que hoje vivemos simplesmente não comporta mais pessoas assim e é isso que vemos gradativa acontecer na obra.
Quando o filme evolui para tratar dos problemas trazidos pela velhice, Kurosawa mistura o lado místico da crença dos Goldi com as realidades do dia-a-dia. Dersu começa a perder a visão e acredita que isso se deve ao fato de ter atirado em um tigre, animal sagrado para ele.
E o final é absolutamente crível e tocante. É nesse momento que nós, espectadores, caímos de joelhos e choramos. Enfim, Dersu Uzala é um dos filmes mais bonitos já feitos e mostrou a todos que, mesmo desiludido, traído e desesperançoso, Kurosawa foi um dos maiores diretores que já existiram.
As atuações de Munzuk e de Solomin , por si só, certamente já fazem valer a pena assistir o filme.
Nesse contexto, o filme narra a tocante história do experiente caçador Goldi, que forma fortes laços de amizade com um capitão do exército russo que está nas inóspitas terras do leste da Rússia em 1902.
Em determinado momento, Dersu Uzala (Maksim Munzuk) leva o Capitão Vladimir Arseniev (Yuriy Solomin) para uma cabana perdida na floresta. Antes de partirem, Dersu faz questão de consertar o teto do local e de pedir mantimentos não perecíveis ao capitão para deixar por ali. Quando indagado do porquê, Dersu simplesmente diz que isso impediria que outros, que porventura usassem a cabana, morressem de fome. Um homem simples que não se preocupa só com quem conhece, mas também com pessoas que nunca viu e que, provavelmente, nunca verá. O mundo em que hoje vivemos simplesmente não comporta mais pessoas assim e é isso que vemos gradativa acontecer na obra.
Quando o filme evolui para tratar dos problemas trazidos pela velhice, Kurosawa mistura o lado místico da crença dos Goldi com as realidades do dia-a-dia. Dersu começa a perder a visão e acredita que isso se deve ao fato de ter atirado em um tigre, animal sagrado para ele.
E o final é absolutamente crível e tocante. É nesse momento que nós, espectadores, caímos de joelhos e choramos. Enfim, Dersu Uzala é um dos filmes mais bonitos já feitos e mostrou a todos que, mesmo desiludido, traído e desesperançoso, Kurosawa foi um dos maiores diretores que já existiram.
As atuações de Munzuk e de Solomin , por si só, certamente já fazem valer a pena assistir o filme.
postagem feita no grupo de facebook Filmes legais no youtube.
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